IRS vs IRC: O que os Empresários Precisam de Saber para Evitar Problemas com o Fisco

20-02-2025 | Artigos

Gerir um negócio em Portugal implica conhecer bem as obrigações fiscais para evitar surpresas desagradáveis. Entre os impostos mais relevantes para empresas e empresários estão o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) e o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC). Compreender as diferenças entre ambos é essencial para garantir a conformidade fiscal e otimizar a carga tributária.

O que é o IRS?

O IRS é um imposto que incide sobre os rendimentos das pessoas singulares, incluindo empresários em nome individual, trabalhadores independentes e trabalhadores por conta de outrem. No contexto empresarial, o IRS afeta principalmente os trabalhadores independentes e os sócios-gerentes que retiram rendimentos da empresa.

  • Aplica-se a rendimentos do trabalho, empresariais, de capitais, prediais, entre outros.
  • Tributado de forma progressiva, ou seja, quanto maior o rendimento, maior a taxa aplicada.
  • Empresários em nome individual (ENI) pagam IRS sobre o seu lucro apurado.
O que é o IRC?

O IRC é o imposto aplicado sobre o rendimento das empresas, ou seja, pessoas coletivas (sociedades por quotas, anónimas, entre outras).

  • Incide sobre os lucros obtidos pela empresa.
  • Taxa base de 20% para a generalidade das empresas.
  • Pequenas e médias empresas (PME) beneficiam de uma taxa reduzida de 16% sobre os primeiros 50.000€ de lucro.
  • Algumas regiões, como a Madeira e os Açores, podem ter taxas diferenciadas.
Principais Diferenças entre IRS e IRC
Característica IRS IRC
Sujeitos passivos Pessoas Singulares Pessoas Coletivas
Taxa de Imposto Progressiva (14,5% a 48%) Fixa (20% ou 16% para PME)
Base de incidência Rendimento global da pessoa Lucro da empresa
Regime de tributação Pode optar pelo regime simplificado ou contabilidade organizada Apenas contabilidade organizada
Como Evitar Problemas com o Fisco?

Para garantir o cumprimento das obrigações fiscais e evitar penalizações, os empresários devem seguir algumas boas práticas:

  1.  Escolher a melhor estrutura empresarial – Se tem uma atividade de pequena escala, o regime de ENI pode ser vantajoso. Para empresas de maior porte, a constituição de uma sociedade pode trazer benefícios fiscais e patrimoniais.
  2.  Manter a contabilidade organizada – Um contabilista certificado é essencial para garantir a conformidade fiscal e a correta declaração de rendimentos.
  3.  Cumprir prazos fiscais – O atraso no pagamento de impostos pode resultar em coimas e juros.
  4.  Aproveitar benefícios fiscais – Algumas deduções podem reduzir a carga tributária, como reinvestimento de lucros ou incentivos para PME.
  5.  Planear fiscalmente – Estrategicamente, pode ser mais vantajoso retirar rendimentos como dividendos (tributados a 28%) em vez de aumentar o vencimento e pagar uma taxa progressiva de IRS.

Compreender as diferenças entre IRS e IRC é essencial para uma boa gestão fiscal.
Empresas e empresários devem estar atentos à sua estrutura tributária para garantir eficiência fiscal e evitar problemas com a Autoridade Tributária.
Ter um contabilista experiente pode ser a chave para otimizar impostos e assegurar o cumprimento das obrigações legais.

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